quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nossa... Que falta de absurdo!

A "falta de absurdo" caracteriza a ausência de absurdo, não um absurdo tão absurdo, que outro absurdo possa substituí-lo por ser de maior gravidade!
Todavia, pensando bem, sempre existe a possibilidade de algo absurdo, ser tão absurdo, que os outros absurdos desistam de sua enfadonha existência.
Um bom exemplo é querer educação de qualidade com professor insatisfeito com suas condições de trabalho e de vida!Nossa que "falta de absurdo"!
E a "falta de absurdo" pode se tornar ainda maior quando a própria presidenta Dilma diz "(...)que os professores são as verdadeiras autoridades da educação(...)".Nossa, quase chorei quando ouvi isso, mas logo percebi que não passava da mais total e absoluta "falta de absurdo"! Só falácia, retórica, mas nenhum governante que se preze pode perder uma oportunidade de falar da educação.
E ontem dia 6 de abril finalmente o STF resolveu liberar o piso dos professores, mas ainda permaneceu a dúvida a respeito da carga horária de trabalho.A dúvida que assolou os magistrados foi a seguinte: será que é constitucional o artigo da lei que prevê que o professor precisa ter tempo para planejar e estudar dentro de suas 40 horas semanais?
Que dúvida em?Qual professor precisa de tempo para estudar e planejar?
Depois dessa pessoal, só me resta contar um segredos dos professores, nós não estudamos, muito menos planejamos!E pode acreditar não tem uma aula que não baixe uma entidade em nós professores, por isso, desprezamos a pesquisa e o planejamento pois contamos sempre com a presença dos maiores especialistas, de acordo com o assunto selecionado. Além disso, somos totalmente apolíticos, sem visão de mundo e claro, médiuns!
Isso não é um absurdo, é uma "falta de absurdo".

CRISTIANE DE MELO - ALUNA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UECE